Há muito tempo, tento criar uma coisa minha, não porque não gosto de chefes ou quero ficar rico e não trabalhar nunca mais, na verdade quero minha empresa para trabalhar ainda mais.
Quando tinha por volta dos 19 anos, comecei a ser um freelancer, corria atrás dos clientes para desenvolvimentos de sites em Flash e desenvolvimento de sistemas não complexos, por falta de experiência de lidar com pessoas comecei a tomar muito calote, acabei desistindo de trabalhar em casa e voltei a ser peão de consultorias.
A última tentativa foi criar uma empresa de jogos com dois sócios, infelizmente eles não estavam na mesma pegada do que eu e não quiseram se privar do sono. Toquei isso por dois anos apenas com o apoio da minha esposa, (com o posto de criticar de uma forma construtiva meus desenhos) e do meu filho, que na época tinha 3 anos já dava seus primeiros passos como analista de teste, reclamando e falando que o jogo dos Heróis Lego é bem mais legal.
Nos últimos meses pensei muito que tipo de projeto criar, pensei no que faço de melhor, e tentei achar um sócio. Minha esposa é professora e gosta disso e eu sou uma pessoa que acha que o método de ensino é uma grande porcaria, que não tem estímulos aos alunos e nem aos professores, a forma de ensinar não evoluiu muito nos últimos tempos.
Uma coisa que percebi com as tentativas anteriores é que eu não sirvo para ser o “CEO” da empresa ou algo do tipo, eu sou tímido tenho dificuldade de falar em público, faço piadas fora de hora, realmente não sirvo para a coisa. Gosto de ter ideias e desenvolvê-las e as vezes minhas ideias não são tão boas assim, e eu não aceitava mudança.
Comecei a frequentar eventos de Startup para conseguir um anjo para minha ideia revolucionaria.
Nesses eventos você vê muuuuuitos empreendedores, muita gente bacana, muitos casos de sucesso e muitas ideias boas… SQN!
O quê você realmente encontra nesses eventos?
- Aceleradoras sem nenhum caso de sucesso de pessoas, com grande bagagem teórica que não agrega em nada para quem tem uma ideia inovadora.
- Pessoas sem empatia nenhuma, sempre falando que a ideia dele é melhor, mesmo que seja mais um aplicativo para avaliar uma balada.
- Ideias repetidas baseada no que deu certo em outros países (xuber, motorista amigo, uberBR)
- Palestrantes com empresa no Vale do Silício, isso mesmo Vale do Silício, localizado no vale do Silício, onde fica grandes empresas no Vale do Silício, mas o que a startup dele faz? Não interessa ela está no Vale do Silício.
- Apresentações sobre criatividade no Power Point, não é que eu não goste de Power Point, na verdade eu odeio, acho que nada pode ser menos criativo que aquela apresentação padrão e o pior que a própria apresentação é pegar um exemplo pronto do Microsoft e fazer sua apresentação em cima.
Palavras difíceis, para mostrar que você é um empreendedor e não um turista, ninguém fala vamos trocar uma ideia ou algo do tipo falam vamos fazer uma approach, ou qual é o seu budget.
Uma situação engraçada nesses palavreados, um empreendedor perguntou se eu utilizava boostrapping que seria a não utilização de recurso de investidores, e eu pensei que era sobre desenvolvimento utilizando o Bootstrap ferramenta de front-end, comecei a falar mostrar exemplos, percebi que ele ficou meio confuso e perguntou quem bancava meu projeto, só depois de um tempo percebi, mas sim utilizo bootstrap.
Conheci um pessoal bacana também com ideias boas e produtos bons, mas pelo mais estranho que isso parece são casos raros, como por exemplo o Gustavo Nogueira da Peso 2 Concursos {adicionar link}
Mas o mais legal de tudo no evento são os brindes, olha aqui a minha canequinha.
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Pedro Viegas